quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sob o manto da noite


A noite estende seu manto sob a cidade.
Silêncio!
Somente quebrado pelos soluços abafados do meu choro.
Choro pelos amores que brotam
Mas não podem florir.
Choro pelos amores floridos
Que querem manter-se
Choro pelas ausências.
Choro pelas mazelas do mundo.
Choro por mim.
Choro soluçadamente!
Longa , longa essa noite.
A noite começa a adormecer
Avisando que está a se recolher.
Descubro que sob o manto da noite
Se pode esconder o pranto,
sem que o mundo o veja.
Vânia
Recebido de uma amiga muito amada,
grata amiga pelo aconchego.
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O manto aquece
o manto protege
o manto acolhe
e também recolhe
as tuas lágrimas.
Nas asas do vento
leva-as num sopro,
às mãos do Eterno
Zilma Damasceno